Mundo Iyálodê

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Maria Stella de Azevedo Santos


Maria Stella de Azevedo Santos, Iyá Odé Kayode, nasceu a 2 de Maio de 1925, na cidade de Salvador, Bahia, e foi a quarta filha do casal Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos. Por ser a segunda filha mais nova do casal, cedo ficou órfã, tendo sido adoptada por sua tia, Archanja de Azevedo Fernandes. Iniciada no Candomblé por Mãe Senhora (uma das mais famosas Iyalorixás de sempre) no Iylê Axé Opô Afonjá, o segundo templo de Candomblé na Bahia, nascido directamente da Casa Branca do Engenho Velho, em 1939, com 13 anos de idade. A 19 de Junho de 1976, sucede a Mãe Ondina de Oxalá, passando a dirigir o tradicional templo de São Gonçalo do Retiro.

Enfermeira de profissão, estudou na Universidade Federal da Bahia, onde se especializou em Saúde Pública, onde recebeu o título de Doctor Honoris Causa, no ano de 2005. Iyá Stella ficou famosa pela sua luta pela «africanização» do culto afro-brasileiro, Candomblé. A africanização consiste na remoção de elementos católicos da identidade africana do Candomblé, particularmente a questão do sincretismo das divindades. Em 1980 fundou o Museu Ohun Lailai, o primeiro museu dentro de um terreiro de Candomblé. Para além da chefia do Axé Opô Afonjá assume a direcção do Instituto Alaiandê Xirê. Iyá Stella tem viajado pelo Brasil e exterior participando de eventos afro-culturais e dando palestras. Em 2001 ganhou o prémio «Estadão» na condição de promotora cultural. É detentora da comenda Maria Quitéria, atribuída pela Prefeitura de Salvador, da Ordem do Cavaleiro, atribuída pelo Governo da Bahia e da comenda do Ministério da Cultura brasileiro.

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