Mundo Iyálodê

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Beatriz Moreira Costa


Beatriz Moreira Costa, Mãe Beata de Yèmonjá, nasceu a 20 de Janeiro de 1931, em Cachoeira de Paraguaçu, Recôncavo Baiano. Na década de 1940, a menina Beata (como é conhecida desde a infância) muda-se para a cidade de Salvador, ficando aos cuidados de sua tia Felicíssima e seu marido, o Bàbálóòrìsà Anísio Agra Pereira de Lògúnede, que seria quem deu a primeira obrigação de santo a Mãe Beata, um bori, em 1944, no qual esteve presente, entre outros, o Babalorixá Eduardo de Ijexá, famoso na época.

Segundo ela conta, nasceu numa encruzilhada, razão pela qual o seu ajuntó é o Orixá Exú, senhor das encruzilhadas e dos caminhos. Foi iniciada a 16 de Junho de 1956 por Mãe Olga do Alaketu, na qual estavam presente Mãe Regina Bangbosé e Irene Bangbosé. Casa-se com Apolinário Costa, com quem teve quatro filhos (Ivete, Maria das Dores, Adailton e Aderbal). Em 1969, Beata separa-se do marido e migra para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Para promover o sustento de sua família Beata exerceu várias atividades como empregada doméstica, costureira, manicure, cabeleireira, pintora e artesã. Trabalhava como figurante na Rede Globo de televisão, quando a empresa descobriu seu grande talento como costureira, função na qual foi contratada até se aposentar.

Mãe Beata foi e continua a ser uma das maiores referências do Candomblé carioca e brasileiro. Mãe Beata de Iemanjá recebeu no dia 07 de março, o diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz de 2007, do Senado Federal, em sessão solene do Congresso Nacional. Essa sacerdotisa, reconhecida pela liderança e capacidade de articulação é, atualmente presidente de honra do grupo de mulheres negras Criola. Dirige o Ilé Àse Omí Ojúàró.

0 comentários:

Enviar um comentário