Mundo Iyálodê

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Areonite Conceição Chagas

(12.09.1925 - 04.02.2008)

Areonite Conceição Chagas, Mãe Nitinha de Oxum, baluarte do Candomblé tradicional, era do tempo em que esta religião era misticismo de negro. Ìyá Nitinha foi iniciada na religião com quatro anos de idade na Casa Branca do Engenho Velho (Ilé Àse Ìyá Nàssó Òkà), a mais conceituada casa de Candomblé do Brasil, onde viria a desempenhar as funções de otún Ìyákékéré, Ìyátébésé e Ojú Ode. Para além dessas funções dirigia a sua própria casa em Miguel Couto, na baixada Fluminense. Condecorada várias vezes pelo governo brasileiro, pelo trabalho desenvolvido em nome da cultura afro-brasileira e pelo trabalho social levada a cabo na sua roça.

A sua partida deixou em saudade mais de 2000 filhos-de-santo, para além da sua família carnal que sempre a acompanhou. A sua iniciação foi levada a cabo por Tia Massi Ìwìnfúnké de Òsògìyán Ìdankó Èzo (Ìyálóòrìsà Maximiana Maria da Conceição, à epoca Iyalorixá da Casa Branca do Engenho Velho, a quinta na cronologia da sucessão). Participaram ainda, segundo Ìyá Nitinha, Tia Luzia, Ìyákékéré da casa, a africana Maria pequena de Òòsààlá, Ekeji Dejá, a Jíbònòn de Obalúàiyé e Mãe Amanda (que teve o seu terreiro de candomblé em Coelho da Rocha).

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